quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Antonio Canova

Antonio Canova (Possagno, 1 de Novembro de 1757 — Veneza, 13 de Outubro de 1822) foi um escultor italiano,famoso pelas suas esculturas em mármore. É considerado uma das maiores figuras do neoclassicismo.



Antonio Canova perdeu seus pais quando tinha cerca de três anos: o pai pela morte e a mãe por outro casamento, mas foi educado por seus avós paternos. Tanto seu pai como seu avô trabalhavam com a pedra, e consta que várias gerações de sua família também se ocuparam neste mister. Assim que Canova pôde segurar um lápis foi iniciado por seu avô Pasino nos segredos do desenho. Sua juventude foi passada em estudos artísticos, mostrando desde cedo predileção pela escultura, o que foi favorecido pelo ambiente familiar. Com nove anos já foi capaz de produzir dois pequenos relicários em mármore, que ainda existem, e desde então seu avô o empregou para diversos trabalhos. O avô era patrocinado pela rica família Falier de Veneza, e através dele Canova foi apresentado ao senador Falier, que haveria de se tornar seu assíduo protetor, e cujo filho Giuseppe se tornaria um dos mais constantes amigos do escultor.
Através de Falier, Canova, com cerca de 13 anos, foi colocado sob a orientação de Giuseppe Torretto,que havia temporariamente se estabelecido nas imediações da mansão do senador, e que foi de valia para o progresso do jovem artista. Dois anos após, a alta apreciação de Torretto sobre a capacidade do aluno fez com que este fosse aprender com um sobrinho seu, continuando por mais um ano os estudos.

Orfeu
Depois deste aprendizado Canova decidiu iniciar o trabalho por conta própria, e logo recebeu de seu patrono a encomenda para um grupo representando Orfeu e Eurídice, cujo sucesso levou Falier a considerá-lo apto para um exame público. Em seguida Canova instalou seu atelier numa cela de um convento, onde trabalhou por quatro anos com o mais estrênuo empenho, aperfeiçoando-se também com aulas na academia, onde recebeu diversos prêmios. Contudo, tirava melhores lições da observação direta da natureza, onde se incluía o estudo anatômico e a freqüência em lugares de reunião pública para captar as expressões das fisionomias e as posturas das pessoas. Nesta época resolveu, decisão que seguiu por diversos anos, jamais dormir sem antes ter realizado pelo menos um desenho. Também prestava grande atenção às pesquisas arqueológicas, à história e aos idiomas.
Num período de três anos sua produção escultórica cessou, mas logo passou a completar o grupo de Orfeu e Eurídice, do qual só a figura feminina estava terminada. O conjunto, quando acabado, resultou tão bem e atraiu tanto aplauso que pode ser considerado seu primeiro passo para a fama internacional que depois granjearia. Considerando cumprida esta primeira etapa de sua carreira, voltou seus pensamentos para Roma. Estava com vinte e quatro anos.

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